Polícia do Rio apura se moradores tiraram roupas camufladas de parte dos mortos

Arthur Guimarães • 29 de outubro de 2025

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar possível fraude processual cometida por moradores das regiões dos complexos do Alemão e da Penha, suspeitos de retirar roupas camufladas usadas por pessoas mortas durante megaoperação realizada na terça-feira, 28.

“Parece que houve uma mágica desses corpos que estão aparecendo hoje aí, desses narcoterroristas. Eles estavam na mata, temos imagens deles todos paramentados, com roupas camufladas, coletes balísticos e portando armas de guerra. Aí, apareceram vários deles só de cueca, de shorts, descalços, sem nada. Ou seja, um milagre se operou. Parece que eles entraram em um portal e trocaram de roupa. Temos imagens de pessoas que retiraram os corpos da mata e colocam em via pública tirando as roupas desses marginais”, disse Felipe Curi, secretário estadual de Polícia Civil do Rio.

Os investigadores tentam identificar pessoas registradas nos vídeos, obtidos pela Polícia Civil e anexados a um boletim de ocorrência aberto às 8h32 na 22.ª Delegacia de Polícia, na Penha. As imagens mostram pessoas com tesouras cortando uniformes camuflados dos cadáveres encontrados na mata que liga o Alemão ao vizinho Complexo da Penha.

Alguns corpos vão tendo suas vestimentas retiradas antes de serem colocados no meio da rua. Também foram tirados cintos, pochetes e demais acessórios. Inicialmente, logo ao amanhecer do dia, todos os cadáveres estavam cobertos com lençóis. Mais tarde, é possível ver que boa parte já está sem roupa, de trajes íntimos.

De acordo com Felipe Curi, até as 13h, o governo contabilizava 119 mortos na operação, sendo 4 policiais.

Confronto na mata

O cerco na mata que liga o Alemão ao vizinho Complexo da Penha foi planejado pela polícia com antecedência. De acordo com o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, durante entrevista coletiva, foi uma decisão para evitar a fuga em massa dos criminosos

Em 2010, imagens de helicóptero durante ocupação da Vila Cruzeiro, uma das favelas do complexo da Penha, mostram traficantes saindo da Penha para o Alemão.

Nesta terça-feira, 28, policiais especializados do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, estavam posicionados na mata fazendo uma espécie de “muro”, como definiu Menezes. “Distribuímos as tropas pelo terreno. O diferencial, em relação às imagens que mostravam criminosos fortemente armados buscando refúgio na área de mata, foi a incursão dos agentes do Bope na parte mais alta da montanha que separa as duas comunidades. Essa ação criou o que chamamos de ‘muro do Bope’, uma linha de contenção formada por policiais que empurravam os criminosos para o topo da montanha”, detalhou Menezes.

Por Redação 29 de outubro de 2025
O secretário da Polícia Militar do Rio, Marcelo de Menezes, apresentou nesta quarta-feira, 29, detalhes da megaoperação contra o Comando Vermelho . Ele destacou como diferencial o que foi classificado pela própria polícia como “Muro do Bope”, formado na área da mata do Complexo da Penha, na zona norte da cidade.
Por Redação 29 de outubro de 2025
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Por Gabriel de Sousa, Gabriel Hirabahasi 29 de outubro de 2025
BRASÍLIA - O diretor-geral da Polícia Federal (PF) , Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira, 29, que a Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro foi questionada sobre a participação na operação das polícias locais que deixaram ao menos 119 mortos na terça-feira, 28. Porém, segundo Andrei, a corporação não tinha conhecimento de que a ação seria deflagrada por agora.
Por Gabriel de Sousa, Gabriel Hirabahasi 29 de outubro de 2025
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Por Ederson Hising 29 de outubro de 2025
O número de mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), realizada na terça-feira, 28 , nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, ultrapassou a quantidade de vítimas do massacre do Carandiru, que aconteceu em 1992 , em São Paulo.
Por Ederson Hising 29 de outubro de 2025
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Por Vera Rosa 29 de outubro de 2025
BRASÍLIA – O governo Lula descarta até agora decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro após a operação das polícias civis e militares contra o Comando Vermelho. Em reunião nesta quarta-feira, 29, com ministros, no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado de que o governador do Rio, Cláudio Castro , quer, na prática, jogar a responsabilidade de uma GLO para o Executivo federal e dar um tom eleitoral à crise.
Por Vera Rosa 29 de outubro de 2025
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Por Redação 29 de outubro de 2025
O Rio de Janeiro retornou ao estágio 1 às 6 horas da manhã desta quarta-feira, 29, de acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio. Na tarde de terça-feira, 28, a cidade entrou em estágio 2 , após uma megaoperação deflagrada que impactou na cidade.
Por Redação 29 de outubro de 2025
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