Governo avalia que Castro quer jogar responsabilidade por intervenção para Lula e descarta GLO

Vera Rosa • 29 de outubro de 2025

BRASÍLIA – O governo Lula descarta até agora decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro após a operação das polícias civis e militares contra o Comando Vermelho. Em reunião nesta quarta-feira, 29, com ministros, no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado de que o governador do Rio, Cláudio Castro , quer, na prática, jogar a responsabilidade de uma GLO para o Executivo federal e dar um tom eleitoral à crise.

O encontro no Alvorada foi o primeiro compromisso do presidente após o retorno de sua viagem de uma semana à Ásia, na noite de terça-feira. Durante o encontro, Lula e a equipe concordaram que a intervenção na segurança de um Estado, por meio de GLO, nunca pode ser a primeira alternativa para enfrentar o problema.

A operação contra o Comando Vermelho deixou mais de 100 mortos – o número oficial ainda não foi atualizado –, sendo quatro policiais.

Na avaliação do Palácio do Planalto e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o combate ao crime organizado deve ser feito com planejamento, inteligência e coordenação das forças policiais.

Nos bastidores, ministros classificaram a operação no Rio como “desastrada”. Castro é filiado ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro , e será candidato ao Senado nas eleições de 2026.

Embora tenha pedido desculpas, por telefone, à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann – após criticar a “omissão” do Executivo federal no caso –, Castro não convenceu o Palácio do Planalto com seu discurso de “despolitização”.

Em conservas reservadas, auxiliares de Lula argumentam que ele está fazendo uma disputa política com o PT, acentuada pela proximidade do ano eleitoral.

O titular da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski , e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues , embarcarão ainda nesta quarta-feira para o Rio, onde terão um encontro com o governador.

“Não há bala de prata para resolver essa situação”, disse Lewandowski após a reunião com Lula, no Alvorada. “Para que haja GLO, o governador precisa reconhecer a incapacidade das forças locais para debelar o crime organizado. É muito importante que se sublinhe que a responsabilidade pela segurança pública é dos governos estaduais”.

Horas antes, Cláudio Castro havia afirmado, no Rio, que não pretendia dizer ao Executivo federal qual o dispositivo da lei deveria ser usado para enfrentar o crime organizado.

“Se é GLO ou não, isso é instrumento do governo federal. Não cabe a mim pedir GLO. Temos de pedir ajuda”, observou Castro.

Lewandowski discordou e disse que a entrada das Forças Armadas no enfrentamento ao crime deve, sim, ser requisitada pelos Estados, como manda a Constituição. “A GLO é uma medida excepcional em que as Forças Armadas acabam tomando conta da operação”, resumiu o ministro.

No diagnóstico do diretor-geral da Polícia Federal, o mais importante é asfixiar financeiramente as facções criminosas. “Precisamos descapitalizar o crime e prender lideranças. É assim que já estamos atuando no Rio de Janeiro”, destacou Andrei.

Por Arthur Guimarães 29 de outubro de 2025
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar possível fraude processual cometida por moradores das regiões dos complexos do Alemão e da Penha, suspeitos de retirar roupas camufladas usadas por pessoas mortas durante megaoperação realizada na terça-feira, 28.
Por Redação 29 de outubro de 2025
O secretário da Polícia Militar do Rio, Marcelo de Menezes, apresentou nesta quarta-feira, 29, detalhes da megaoperação contra o Comando Vermelho . Ele destacou como diferencial o que foi classificado pela própria polícia como “Muro do Bope”, formado na área da mata do Complexo da Penha, na zona norte da cidade.
Por Redação 29 de outubro de 2025
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Por Gabriel de Sousa, Gabriel Hirabahasi 29 de outubro de 2025
BRASÍLIA - O diretor-geral da Polícia Federal (PF) , Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira, 29, que a Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro foi questionada sobre a participação na operação das polícias locais que deixaram ao menos 119 mortos na terça-feira, 28. Porém, segundo Andrei, a corporação não tinha conhecimento de que a ação seria deflagrada por agora.
Por Gabriel de Sousa, Gabriel Hirabahasi 29 de outubro de 2025
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Por Ederson Hising 29 de outubro de 2025
O número de mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), realizada na terça-feira, 28 , nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, ultrapassou a quantidade de vítimas do massacre do Carandiru, que aconteceu em 1992 , em São Paulo.
Por Ederson Hising 29 de outubro de 2025
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Por Redação 29 de outubro de 2025
O Rio de Janeiro retornou ao estágio 1 às 6 horas da manhã desta quarta-feira, 29, de acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio. Na tarde de terça-feira, 28, a cidade entrou em estágio 2 , após uma megaoperação deflagrada que impactou na cidade.
Por Redação 29 de outubro de 2025
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