Ibovespa ultrapassa 150 mil pontos pela primeira vez; projeções indicam novas altas
 Após uma série de recordes, o Ibovespa está operando novamente em alta nesta segunda-feira (3). O principal índice da Bolsa brasileira rompeu um novo recorde intradiário e ultrapassou a marca dos 150 mil pontos nesta manhã, após já ter renovado máximas sucessivas ao longo da semana passada.
O movimento de alta do Ibovespa reflete o otimismo dos investidores diante de um cenário externo mais favorável, com maior apetite por risco e um dólar globalmente mais fraco. No Brasil, o foco está na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para esta quarta-feira (5), que deve decidir sobre a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano.
Na sexta-feira (31), o índice Bovespa já havia encerrado o pregão em nova máxima nominal, subindo 0,51%, aos 149.540 pontos. No acumulado de 2025, o índice já avança 24,3%, superando inclusive o desempenho dos principais investimentos de renda fixa. Desde o início do ano, o benchmark renovou recordes em 20 ocasiões.
Por que o Ibovespa está subindo?
A alta do Ibovespa tem sido impulsionada por fatores internos e externos. No cenário internacional, as bolsas dos Estados Unidos estão operando em terreno positivo nesta segunda-feira, impulsionadas pelo bom desempenho das empresas de tecnologia na temporada de balanços.
Entre os destaques, as ações da Nvidia avançam 3% após o governo norte-americano aprovar a venda de chips para os Emirados Árabes Unidos em um acordo com a Microsoft.
No Brasil, a expectativa de manutenção da taxa básica de juros na reunião desta semana e o fluxo de investidores estrangeiros têm dado sustentação ao movimento de valorização da Bolsa.
Além disso, a temporada de balanços do terceiro trimestre de 2025 também tem movimentado o mercado e contribuindo para avanços pontuais de papéis ao longo da última semana.
Bolsa brasileira vai continuar em alta?
A sequência de recordes tem levado bancos e corretoras a revisar suas projeções para o índice. O JPMorgan estima o Ibovespa em 155 mil pontos até o fim do ano , enquanto a Santander Corretora projeta 160 mil pontos.
De acordo com relatório recente do JPMorgan, a alta do Ibovespa deve continuar nos próximos meses, sustentada por três fatores principais: a desaceleração da inflação no Brasil, o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos e o abrandamento da política tarifária norte-americana.
Já a XP prevê que o Ibovespa deve atingir novos recordes e chegar aos 170 mil pontos em 2026.











